Equipes da 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Barreiras), com apoio do Grupo de Apoio Tático e Técnico à Investigação (GATTI/Serrinha) e do Núcleo de Homicídios da Delegacia Territorial de Luís Eduardo Magalhães, cumpriram nesta quarta-feira (10) o mandado de prisão preventiva contra o homem acusado de matar a jovem trans Ryana Alves, de 18 anos.
Rhianna Alves foi assassinada na noite do último sábado (6), com o golpe "mata-leão". Sérgio Henrique Lima dos Santos chegou a levar o corpo da vítima para a delegacia, logo após o crime, mas acabou liberado depois de ser ouvido. A prisão aconteceu quatro dias depois.
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Segundo o delegado Leonardo Mendes Júnior, coordenador regional de Barreiras, o investigado foi alvo de um mandado de prisão preventiva, após ser indiciado pelo crime de feminicídio.
O inquérito policial também foi concluído e encaminhado para a Justiça.
Após o cumprimento da ordem judicial, Sérgio Henrique foi conduzido para a unidade policial, passou por exames de lesões corporais no Departamento de Polícia Técnica (DPT) e permanecerá à disposição do Poder Judiciário.
Quem era a vítima – Rhianna Alves era moradora de Luís Eduardo Magalhães, se apresentava nas redes sociais como blogueira e costumava mostrar o dia a dia para os mais de 5 mil seguidores.
O corpo da jovem foi sepultado nesta terça-feira (9), em América Dourada, cidade da família.
Rhianna foi morta com 'mata-leão
Quem é o suspeito – Além de atuar como motorista por aplicativo, Sérgio Henrique trabalha com lava-jato no município de Barreiras, também no oeste do estado.
Qual a versão do suspeito – Em depoimento, Sérgio Henrique contou que buscou Rhianna para ter relações sexuais e, ao levá-la de volta para casa, houve uma discussão.
A vítima teria ameaçado expor a relação dos dois e acusá-lo de estupro.
Ainda segundo o depoimento, o suspeito aplicou um golpe "mata-leão" após Rhianna fazer um movimento indicando que pegaria algum objeto na bolsa.
Após golpeá-la, Sérgio Henrique dirigiu até a delegacia e pediu socorro para os policiais, que acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Apesar disso, a vítima já estava morta.
Sérgio Henrique Lima dos Santos foi indiciado
pela morte da jovem Rhianna Alves
Repercussão ‐ O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais e chegou a ser comentado pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que enviou ofícios para a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) e Ministério Público da Bahia (MP-BA).
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia (SJDH) emitiu uma nota informando que irá acompanhar o caso e cobrar celeridade nas investigações.
Em nota, o MP-BA informou que acompanha as investigações conduzidas pela Polícia Civil, e que vai requisitar informações necessárias para adotar as providências cabíveis.
A ocorrência também é acompanhada pela Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - Seção Bahia.
"Ele proferiu um mata-leão e matou, de fato, essa mulher trans apenas por uma ameaça.
Então, é um caso que ainda está incomodando toda a comissão, todos os membros, a própria OAB da Bahia e nós vamos seguir acompanhando a investigação", afirmou Ives Bittencourt, presidente da comissão.
Rhianna Alves era moradora de Luís Eduardo Magalhães e se apresentava nas redes sociais como blogueira
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